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LATIN AMERICA ------------------------------------------711[FEATURE] | |||
O fim das jaulas significa o fim dos zoológicos?Peru e América Latina se preparam para o fim dos zoológicosBy Estefanía Muriel for Ruta Pantera on 11/18/2025 7:37:53 AM |
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| A notícia caiu como uma tempestade tropical: o Parque de las Leyendas, o zoológico mais emblemático de Lima, poderá fechar as portas em dez anos. Não se trata apenas do fechamento de uma instalação, mas de uma ruptura simbólica com uma tradição que, por mais de um século, definiu a forma como os humanos veem os animais: em zoológicos — geralmente. “Queremos pôr fim à lógica do confinamento e promover espaços de conservação”, afirma o projeto de lei apresentado ao Congresso peruano, citado pela Gestión (2024). A proposta busca proibir a autorização de novos zoológicos e exigir que os já existentes transformem sua função: todos os seus animais seriam transferidos para centros de resgate ou áreas de conservação natural. Essa decisão histórica, embora tardia, carrega um senso de justiça ecológica. | ||||
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Espaços de convivência se tornarão refúgios da vida. Durante o século XX, os zoológicos foram descritos como “casas de curiosidades”, em um estudo sobre a história dos zoológicos latino-americanos publicado pela Redalyc (2023). Neles, os cidadãos se maravilhavam com o exótico: um leão dormindo sob o sol de Lima, um macaco observando o trânsito ou um condor que nunca aprendeu a voar. Era, em essência, uma vitrine de uma conexão distante, uma coleção de vidas silenciadas para a contemplação humana. Mas o tempo mudou essa perspectiva. Hoje, os zoológicos se definem como instituições de conservação, educação e bem-estar animal. Em teoria, buscam “preservar a biodiversidade e conscientizar sobre a vida selvagem”, como afirmam muitas dessas instituições no Brasil e no México. No entanto, a prática muitas vezes contradiz essa retórica. Deficiências estruturais na América Latina — orçamentos limitados, jaulas pequenas e escassez de pessoal técnico — fazem dessa missão mais uma promessa do que uma realidade. No Peru, por exemplo, o relatório de gestão descreve condições precárias em instalações públicas: falta de recursos, animais com problemas de saúde e capacidade limitada para a reintrodução de espécies. O resultado é uma ilusão de conservação. O Despertar da América Latina Enquanto o Peru dá um passo corajoso, outros países da região também iniciaram essa transição. A Costa Rica decidiu fechar seus zoológicos e convertê-los em santuários de vida selvagem. “Queremos que os animais vivam livres, não observados”, disse um funcionário citado pela Latina Republic (2024). A mensagem é clara: não se trata de confinar para proteger, mas de libertar para coexistir. Em Buenos Aires, o antigo zoológico — um dos mais antigos da América do Sul — se reinventou como um Ecoparque Interativo . Seu diretor explicou ao The Guardian (2024) que o objetivo não é mais exibir animais, mas ensinar o respeito por eles. Por exemplo, Mara, uma elefanta asiática que passou décadas em cativeiro, foi transferida para um santuário no Brasil, onde reaprendeu a se movimentar livremente, sem correntes. “Seu primeiro passo livre foi como ver algo que você pensava estar perdido florescer novamente”, relatou o tratador. O Brasil também transformou diversos zoológicos em centros de conservação, integrando programas de resgate para a fauna amazônica. Na Colômbia, alguns zoológicos estão trabalhando com organizações ambientais para realocar espécies vítimas do tráfico ilegal. Já no Caribe, a mudança ocorre mais lentamente, mas fala-se em parques ecológicos onde os humanos são visitantes temporários, e não espectadores diários. | |||
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