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A Dependência da Economia dos UltrarricosMito ou Realidade? O Aviso da Moody’s sobre os Riscos de RecessãoBy Jazmin Agudelo for Ruta Pantera on 10/18/2025 7:29:04 AM |
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| Mito ou Realidade? O Alerta da Moody’s Sobre os Riscos de Recessão No verão de 2025, enquanto a inflação arrefecia e o desemprego se mantinha próximo dos níveis históricos mais baixos, uma previsão sombria da Moody’s Analytics lançou uma sombra sobre a fachada ensolarada da economia dos Estados Unidos. O economista-chefe Mark Zandi declarou que o crescimento do país está cada vez mais “preso” aos hábitos de consumo dos americanos mais ricos — os 20% com maiores rendimentos, cujas fortunas dispararam desde a pandemia. “Enquanto continuarem gastando, a economia deve evitar uma recessão”, escreveu Zandi no X (antigo Twitter), “mas se ficarem mais cautelosos, por qualquer motivo, a economia terá um grande problema.” Essa avaliação contundente, ecoada em manchetes financeiras, levanta uma questão provocadora: a economia moderna depende realmente dos caprichos dos ultrarricos? Seria essa dependência uma dura realidade do crescimento alimentado pela desigualdade — ou um mito conveniente que mascara falhas estruturais mais profundas? A ideia não é nova. Economistas há muito observam que o consumo representa cerca de 70% do PIB dos EUA, mas o período pós-pandemia ampliou uma tendência preocupante: os 80% da base da população apenas acompanham a inflação com seus gastos, enquanto os mais ricos impulsionam a expansão por meio de compras de luxo, viagens e investimentos. Os dados mais recentes da Moody’s, atualizados para o segundo trimestre de 2025 com base em pesquisas do Federal Reserve, revelam que os 20% mais ricos responderam por quase todo o crescimento do consumo desde 2020 — com os 10% do topo sendo responsáveis por 49,2% dos gastos totais, a maior fatia desde 1989. Se esses grandes consumidores ficarem “nervosos” — assustados com quedas no mercado de ações, tensões geopolíticas ou mudanças de políticas —, os efeitos em cadeia podem levar a uma recessão, atingindo desde operários até pequenos empresários. Ao analisar essa afirmação, a linha entre mito e realidade torna-se difusa. Por um lado, os dados são irrefutáveis: a confiança dos ultrarricos é um indicador-chave da saúde econômica. Por outro, retratar a economia como um castelo de cartas equilibrado sobre iates bilionários ignora a resiliência de outros setores e o potencial das políticas públicas para redistribuir o ímpeto. Este artigo explora as evidências, pesa os riscos e questiona se o alerta da Moody’s é um chamado à ação ou um exagero em uma era de desigualdade resiliente. | ||||
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Os Dados por Trás da Dependência: Uma Divisão Pós-Pandemia Para entender o alerta da Moody’s, é preciso observar a anatomia do consumo americano. Antes da COVID-19, o crescimento era mais equilibrado, com a classe média sustentando o varejo e os serviços graças a aumentos salariais e crédito acessível. Mas a pandemia rompeu esse equilíbrio. Cheques de estímulo, o boom do trabalho remoto e o aumento explosivo dos preços de ativos — ações subiram 50% desde 2020 e os imóveis, 40% — enriqueceram desproporcionalmente os mais ricos, que detêm 89% das ações americanas e grande parte da riqueza imobiliária. A análise da Moody’s, baseada na Pesquisa de Finanças do Consumidor do Fed, traça um quadro vívido. De 2020 a 2025, o consumo pessoal cresceu 25% em termos reais. Entretanto, o quinto inferior da população teve apenas 5% de aumento — mal superando a inflação acumulada de 22%. A classe média (60%) cresceu 12%, mas o topo (20%) disparou 45%, impulsionado por gastos com produtos e experiências de luxo. As vendas de artigos premium — de relógios Rolex a jatos particulares — atingiram recordes em 2024, e empresas como a LVMH relataram crescimento de 15% nas receitas de clientes de altíssima renda. Zandi atribui isso ao “efeito riqueza”: com o índice S&P 500 subindo 80% desde março de 2020, as famílias ricas sentiram-se mais prósperas e gastaram mais — em segundas residências em Aspen, kits gourmet e carros elétricos. Enquanto isso, famílias de baixa renda enfrentaram economias reduzidas (20% abaixo do pico da pandemia) e salários estagnados, pressionados por custos de moradia que cresceram 30% mais rápido que as rendas. O resultado? Uma recuperação em forma de K, onde os ricos prosperam e os demais lutam para se manter. Essa desigualdade é visível no dia a dia. O Walmart relatou que consumidores de alta renda (mais de US$ 100 por visita) aumentaram suas compras em 8%, compensando a queda de 3% das famílias com orçamento limitado. O McDonald’s observou fortes declínios entre consumidores de baixa e média renda, mas visitas estáveis à linha premium. Na aviação, a Delta Airlines registrou um salto de 25% nas reservas de primeira classe, enquanto as tarifas econômicas ficaram estagnadas. Os ultrarricos não estão apenas gastando — eles são o motor da economia. Mas essa dependência é sustentável? A probabilidade de recessão de 48% estimada por Zandi para os próximos 12 meses (contra 35% em julho) reflete sinais iniciais de inquietação entre os ricos. Uma pesquisa da Morning Consult (agosto de 2025) mostrou que o otimismo das famílias com renda superior a US$ 100 mil caiu 15 pontos, para 62%, o nível mais baixo desde 2023, devido à volatilidade do mercado e temores sobre novos aumentos de juros pelo Federal Reserve. A desaceleração no mercado de trabalho — com apenas 142 mil empregos criados em agosto, metade do esperado — afeta especialmente o setor de colarinho branco, onde os ricos estão concentrados. Se cortes no Google ou no JPMorgan assustarem executivos, uma retração deles poderia reduzir o PIB em 1 a 2%, segundo os modelos da Moody’s. | |||
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